quarta-feira, maio 31, 2006

Garoto Enxaqueca diz:

Não, não é meu, mas bem que poderia:
Por Marcelus . http://www.oestrangeiro.net/index.php?option=com_simpleboard&Itemid=62&func=view&id=48&catid=14

Crítica e clínica - 28/04/2006 03:17 O que é uma literatura em estado clínico? Ora é a escrita anêmica dos seriados de televisão, ou é a literatura que não causa a surpresa nos outros, a surpresa de que a língua materna gagueja, como dizia Deleuze, de que a língua é muito mais brincalhona do que se pensa, que ela não precisa sempre girar em torno de um Siginificante exageradamente sério de tão instituído que está. A literatura em estado clínico é aquela que culmina na instauração de seita, a seita da verdade única, que tem a pachorra de afirmar a unicidade de todas as coisas, inclusive do deus único como credor infinito de uma dívida infinita e por isso impagável. Todo tipo de monografia que arroga para si o direito exclusivo de interpretar corretamente e de forma unívoca o conteúdo da História é esclerosada. Talvez seja por isso, que a universidade esteja tão longe da vida, da sensibilidade e junto dela, a técnica e a ciência também estão em estado clínico.
Ao contrário da clínica, a saúde. Por uma literatura saudável! Por uma ciência e uma técnica menos circusnpecta, menos instituída. A nova literatura que se aguarda anuncia uma língua nova dentreo da língua, uma língua em devir, que cava caminhos rizomáticos, uma língua topeira é a metáfora de uma língua estrangeira a partir da língua materna. Por quanto tempo teremos que esperar que os novos escritores saiam desse estado clínico em que se encontram? Kafka era estrangeiro em sua própria língua, que na verdade nunca foi sua...,
Garoto Enxaqueca diz:

Antigas definições:

Eu sou Mephistópheles. Mephistópheles, é o diabo. E todos vocês são Faustos. Faustos, os que vendem a alma ao diabo.

Tudo é vaidade neste mundo vão, tudo é tristeza, é pop, é nada. Quem acredita em sonhos é porque já tem a alma morta. O mal da vida cabe entre nossos braços e abraços.

Mas eu não sou o que vocês pensam. Eu não sou exatamente o que as Igrejas pensam. As Igrejas abominam-me. Deus me criou para que eu o imitasse de noite. Ele é o Sol, eu sou a Lua.

A minha luz paira sobre tudo que é fútil: margens de rios, pântanos, sombras.

Quantas vezes vocês viram passar uma figura velada, rápida, figura que lhe darei toda felicidade. Figura que te beijaria indefinidamente. Era eu. Sou eu.

Eu sou aquele que sempre procuraste e nunca poderá achar. Os problemas que atormentam os Deuses. Quantas vezes Deus me disse citando João Cabral de Melo Neto: Ai de mim, ai de mim. Quem sou eu?

Quantas vezes Deus me disse: Meu irmão, eu não sei quem eu sou.

Senhores, venham até mim, venham até mim, venham. Eu os deixarei em rodopios fascinantes, vivos nos castelos e nas trevas, e nas trevas vocês verão todo o esplendor.

De que adianta vocês viverem em casa como vocês vivem? De que adianta pagar as contas no fim do mês religiosamente, as contas de luz, gás, telefone, condomínio, IPTU?

Todos vocês são Faustos. Venham, eu os arrastarei por uma vida bem selvagem através de uma rasa e vã mediocridade, que é o que vocês merecem.As suas bem humanas insaciabilidade, terão lábios, manjares, bebidas.

É difícil encontrar quem não queira vender sua alma ao diabo.As últimas palavras de Goethe ao morrer foram: Luz, luz, mais luz!!

Goethe

segunda-feira, maio 29, 2006

Garoto Enxaqueca diz:
Conversando com Mafalda, lembrei de um filme sobre a vida feliz e insuportavelmente feliz. Não me vem a mente o porquê de citar o filme. Na conversa eu não me lembrava do filme até
a Gestalt fechar.
Segue o resumão:
“A vida em preto e branco” (título original é Pleasantville), filme dirigido por Gary Ross, em 1998, tem como atores principais Tobey Maguire (ex homem-aranha) e Reese Witherspoon (ganhadora do Oscar de melhor atriz, em 2006). Pleasantville é um seriando dos anos 50, em preto e branco, representa a felicidade cosmética e de fundo assexuado dos cidadãos de um lugarejo desta época. A história é narrada em dois momentos históricos: começa nos anos 90, com os professores apontando um futuro sombrio para os alunos desinteressados, e depois, nos anos 50, em Pleasantville, para onde os dois irmãos são transportados para viver a vida em preto e branco onde terminam alterando o modo de existência das pessoas supostamente felizes. Os Alunos tornam-se filhos de George Parker (Wiliam H. Macy) e Betty Parker (Joan Allen), que são pais adoráveis em um lugar onde todos são felizes, não há sexo e ninguém nunca precisa ir ao banheiro.
Garoto Enxaqueca diz:

Garoto Enxaqueca diz:Às vezes me assusta alguém me dizer que não assistiu Dogville. Sim, confesso que fui assistir depois de alguém me dizer. Que a primeiro momento, olhando a capa com a divina e distante Nicole Kidman, torci o nariz e falei: não estou a fim de ver filme americam hoje! Ledo engano. E como um bom convertido recente, sou o primeiro a se assustar com a ignorância de outras pessoas não o conhecerem. É, sou injusto e intolerante, vejam bem, com eu disse...Um convertido recente, como todos os outros de qualquer credo. Assusta-me saber que as pessoas estão a salvo em suas casas, a viver suas vidas ordinárias e estáveis. Pois de ordinário basta a existência.Acaso alguém me diga que esta é a finalidade primeva da corpo social, a busca da estabilidade, eu digo: assista o filme.Ou melhor, olhe a janela de seu carro e veja a miséria. A total miséria daqueles que não sabem o que é virtual, e-mail, MSN e O famigerado Orkut...Então vamos por partes e apresentar (ou lembrar?0 deste filme.).Nota: confesso que a cada filme pancada voadora, matrix óculos escuro, Chinês voando (ainda vou abrir um tópico sobre o que acho disso, agora é cool gostar de filme de chinês voador...no inicio da década de 90, na Bandeirantes (agora Band), passava terça total e filmes do oriente kick boxer de baixo orçamento).ok ok ok.Estou saindo do tema novamente, estava enfim, cansado de tanto tremor de tela, de efeitos especiais que tomavam a tela inteira, com posições monumentais, mesmo quando era para apresentar uma simples garçonete pegando café, acabei notando este monumental vazio.O monumental e cooll de poses e explosões estavam me entediando. Mesmo os amigos que gostavam de filmes mais alternativos, já apresentavam aquela conversa; e ai cara? viu o novo do Batmam? Da hooooora, tem uns efeitos da mais nova tecnologia....e eu me perguntando se vou ao cinema para ver os efeitos e comer pipoca. Nem uma coisa, nem outra. Segurei a língua e sorri solidário para meu amigo fissurado em bombas e efeitos especiais.Há alguns anos, ele falava muito de filmes alternativos, o que será que aconteceu? eu mudei? ele mudou ? é a nova tendência? Estou mais sensível a estas mudanças que outros, afinal Garoto enxaqueca, vc só reclama, reclama, faz pose de intelectual, mas no fundo se perde em seus argumentos. E neste momento, viver simplesmente a vida normal já está difícil não é mesmo?Isso ainda me faz lembrar do filme que abri este Tópico. vamos a ele. E juro por todos os Deuses, que eu não me transforme no intelectual de Dogville, não ele.....não ele, que não seja ele. Jamais....................


Este é o filme senhores, que percam sua calma ao olhar as ruas,
que esqueçam por um momento sua complacência diante do sofrimento em que vivem,
que o senso do que é justo se espatife na frágil dualidade em que vivam,
que percam o rosto alegre e altivo de pessoas bem nutridas e bronzeadas de praia,
que percam o rebolado carioca ou a complacência paulistana,
que percam a esperança, pois essa já morreu e foi enterrado pela religião, onde depois que Jesus-Maomé-Jeova pagou uma cerveja pra moçada, vazou fora e não pagou o aluguel!

Divirtam-se!

!Sobre o movimento do autor, copiado na cara dura do Wikipédia:

O Manifesto Dogma 95 foi criado pelos cineastas dinamarqueses Lars von Trier e Thomas Vinterberg para a criação de um cinema mais realista e menos comercial. Posteriormente juntaram-se a eles dois conterrâneos, os também cineastas Søren Kragh-Jacobsen e Kristian Levring. Segundo os cineastas, trata-se de um ato de resgate do cinema como feito antes da exploração industrial (segundo o modelo de Hollywood). O manifesto tem cunho técnico — apresenta uma série de restrições quanto ao uso de técnicas e tecnologias nos filmes — e ético — com regras quanto ao conteúdo dos filmes e seus diretores —, e suas idéias são controversas quanto seus filmes.segue o site oficial do manifesto:
http://www.dogme95.dk/

domingo, maio 28, 2006

Garoto Enxaqueca diz:

Não é final de Blog, mas depois de reencontrar este texto depois de tantos anos, decidi publicar:
De um Tal de Machado de Assis........
Capítulo das Negativas, Dom Casmurro

"Este último capítulo é todo de negativas. Não alcancei acelebridade do emplasto, não fui ministro, não fui califa, nãoconheci o casamento. Verdade é que, ao lado dessas faltas,coube-me a boa fortuna de não comprar o pão com o suor domeu rosto. Mais; não padeci a morte de Dona Plácida, nem asemidemência do Quincas Borba. Somadas umas coisas eoutras, qualquer pessoa imaginará que não houve míngua nemsobra, e conseguintemente que sai quite com a vida. E imagi-nará mal; porque ao chegar a este outro lado do mistério,achei-me com um pequeno saldo, que é a derradeira negativadeste capítulo de negativas: Não tive filhos, não transmitia nenhuma criatura o legado da nossa miséria."

domingo, maio 14, 2006

Garoto Enxaqueca diz:

Existe alguma música que demonstra o seu estado de espírito atual de forma mais clara???? É claro que sim, quem em algum momento não se identificou com detalhes do Roberto Carlos em algum momento da vida, ou primeiros erros ou outra qualquer. Mas digo um tema que defina de forma atemporal, de forma atávica. Acho que encontrei.

Sou uma pessoa com contradições gritantes, momentos cretinos, egoísta, mesquinhos, eufóricos e de uma melâncolia gigantesca. E quando Eu A ouvi, eu senti minha essência. Pura e simples em suas icongruências e em suas passagens. Nada mais, apenas aquela face mais darkside of the moon, aquele definitava, aquele que não se diz. Eu, aprendiz de promessa que não se cumpriu, parido em silêncio neste mundo embotado de cinzas e anões de vontade.
Ah Kokolenka!!, me leve em seus movimentos, me leve daqui!! e eu a cortejarei dançando em cada dedilhar das notas!! Um derviche que não procura um deus a não ser a si mesmo.

www.kursk1943.mil.ru

КОЛОКОЛЕНКА

На горе, на горочке стоит колоколенка,
А с неё по полюшку лупит пулемёт.
И лежит на полюшке, сапогами к солнышку,
С растакой-то матерью наш геройский взвод.

Мы землицу лапаем скрюченными пальцами,
Пули, как воробушки, плещутся в пыли -
Митрия Горохова да сержанта Мохова
Эти вот воробушки взяли да нашли.

Тут старшой Крупенников говорит мне тоненько,
Чтоб я принял смертушку за честной народ,
Чтоб на колоколенке захлебнулся кровушкой
Растакой-разэтакий, этот сукин кот.

Я к своей винтовочке крепко штык прилаживал,
За сапог засовывал старенький наган.
"Славу" третьей степени, да медаль отважную,
С левой клал сторонушки глубоко в карман.

Мне сухарик подали, мне чинарик бросили,
Мне старшой Крупенников фляжку опростал...
Я её испробовал, вспомнил маму родную,
И по полю ровному быстро побежал.

А на колоколенке сукин кот занервничал,
Стал меня выцеливать, чтоб наверняка,
Да видать, сориночка - малая песчиночка
В глаз попала лютому - дернулась рука...

Я-т винтовку выронил да упал за камушек,
Чтоб подумал, вражина, будто зацепил...
Да он, видать, был стреляный, сразу не поверил мне -
И по камню-камушку длинно засадил.

Да, видно, не судьба была пули мне отпробовать:
Сам старшой Крупенников встал, как на парад...
Сразу с колоколенки, весело чирикая,
В грудь слетели пташечки, бросили назад...

Горочки-пригорочки, башни, колоколенки.
Что кому назначено? Чей теперь черед?
Рана незажитая, память неубитая,
Солнышко, да полюшко, да геройский взвод.


Garoto Enxaqueca diz:

Um dia desses, quando vc olha para trás e se pergunta pelos porquês da vida, de escolhas, tirei essa do baú. Sobre meus sentimentos quanto a meu último trabalho. Que não exista dúvida quanto a meus sentimentos sobre o assunto. ok? ( sim, isto é uma resposta a alguém especial).

Eu gostei quando sai,

deixei a casa um pouco maisvazia,

por mais silencioso que o meu grito de mudança tenha sido,

por mais que minha revolta velada tenha acontecido,

por mais divertido que meu olhar silencioso fosse ou minha quietude erronêamente interpretada como resignação tenha sido,

as coisas tendem a voltar ao lugar,

mas lá dentro, elas sabem que estão numa tumba. aquilo é uma tumba.

Em Iniciativa, em alegria, em idéias. A mesmice, o pão de cada dia. A eterna repetição.

Tenham mais sorte...

segunda-feira, maio 01, 2006


Garoto Enxaqueca diz:

A cançãodos marinheiros do Volga, uma canção popular, senão folclorica Russa, composta por Milly Balakirev. Esta canção foi chamada como musica de Burlak (pintor) para o Volga. A pintura foi inspirada no quadro da escola surrealista russa, sobre a miséria do povo diante da Russia Tzarista. Pintura e Razão social, não temos apenas Gernica.