quinta-feira, maio 17, 2007

Garoto Enxaqueca diz:
E música nova/velha para mim do Rammstein......
E mais uma nova faceta para lembrar.
Rammstein doce como nunca ouvi.

Nebel Rammstein lyrics
Artist: Rammstein
Album: Mutter
Year: 2001
Title: Nebel Print
Correct


Sie stehen eng umschlungen
Ein Fleischgemisch so reich an Tagen
Wo das Meer das Land berührt
Will sie ihm die Wahrheit sagen

Doch ihre Worte frisst der Wind
Wo das Meer zu Ende ist
Hält sie zitternd seine Hand
Und hat ihn auf die Stirn geküsst

Sie trägt den Abend in der Brust
Und weiß dass sie verleben muß
Sie legt den Kopf in seinen Schoß
Und bittet einen letzten Kuß

Und dann hat er sie geküsst
Wo das Meer zu Ende ist
Ihre Lippen schwach und blaß
Und seine Augen werden naß


Névoa
Rammstein


Eles se encontram abraçados, bem juntos
uma mistura de corpos tão rico em dias
onde o mar a terra toca
ela dirá a verdade a ele
Mas o vento devora suas palavras
onde o mar chega ao fim
ela segura, trêmula, a mão dele
e pousou um beijo em sua fronte

Ela carrega a noite no peito
e sabe que ela deve desfalecer
ela deita a cabeça em seu colo
e pede um último beijo

E então ele a beijou
onde o mar chega ao fim
seus lábios enfraquecidos e pálidos
e seus olhos ficam úmidos

O último beijo foi há tanto tempo
o último beijo
ele não se lembra mais

quinta-feira, maio 10, 2007

Garoto Enxaqueca diz:

Ainda vou colocar fotos de cada estrofe.......

DE Affonso Romano de Sant'Anna

1.Aqui jaz um século
onde houve duas ou três guerras
mundiais e milhares
de outras pequenas
e igualmente bestiais.

2.Aqui jaz um século
onde se acreditou
que estar à esquerda
ou à direita
eram questões centrais.

3.Aqui jaz um século
que quase se esvaiu
na nuvem atômica.
Salvaram-no o acaso
e os pacifistas
com sua homeopática
atitude
-nux vômica.

4.Aqui jaz o século
que um muro dividiu.
Um século de concreto
armado, canceroso,
drogado,empestado,
que enfim sobreviveu
às bactérias que pariu.

5.Aqui jaz um século
que se abismou
com as estrelas
nas telas
e que o suicídio
de supernovas
contemplou.
Um século filmado
que o vento levou.

6.Aqui jaz um século
semiótico e despótico,
que se pensou dialético
e foi patético e aidético.
Um século que decretou
a morte de Deus,
a morte da história,
a morte do homem,
em que se pisou na Lua
e se morreu de fome.

7.Aqui jaz um século
que opondo classe a classe
quase se desclassificou.
Século cheio de anátemas
e antenas,sibérias e gestapos
e ideológicas safenas;
século tecnicolor
que tudo transplantou
e o branco, do negro,
a custo aproximou.

8.Aqui jaz um século
que se deitou no divã.
Século narciso & esquizo,
que não pôde computar
seus neologismos.
Século vanguardista,
marxista, guerrilheiro,
terrorista, freudiano,
proustiano, joyciano,
borges-kafkiano.
Século de utopias e hippies
que caberiam num chip.

9.Aqui jaz um século
que se chamou moderno
e olhando presunçoso
o passado e o futuro
julgou-se eterno;
século que de si
fez tanto alarde
e, no entanto,
-já vai tarde.

10. Foi duro atravessá-lo.
Muitas vezes morri, outras
quis regressar ao 18
ou 16, pular ao 21,
sair daqui
para o lugar nenhum.

11.Tende piedade de nós, ó vós
que em outros tempos nos julgais
da confortável galáxia
em que irônico estais.
Tende piedade de nós
-modernos medievais-
tende piedade como Villon
e Brecht por minha voz
de novo imploram. Piedade
dos que viveram neste século
per seculae seculorum.