sexta-feira, junho 30, 2006

Garoto Enxaqueca diz:

Sei que copa do mundo é um evento onde pessoas deixam suas antigas antipatias pelo jogo para entrarem num surto coletivo de um não sei o que patriótico ou algo diferente. Eu também me encontro dentro desta turba. Me valendo disso, eu digo:


ACHTUNG ARGENTINA!!
12 PANZERS Passando por cima..........

Saudações Hermanos!

quarta-feira, junho 28, 2006

Garoto Enxaqueca diz:
outro chupinhado. continuando na "era da cópia na cara dura".....
http://orbita.starmedia.com/~stargate2/twin.htm

TWIN PEAKS

Quando foi que o seu dia
Cheio de luz virou noite?
Tudo bem!
Não precisa pensar nisso agora,
Amanhã o "pó" da estrada
Vai entrar em suas narinas
E o vento de Morpheus
Soprará sobre ti...
Mas tudo isso,
Tudo isso é apenas um sonho
Um devaneio futurista do passado
Que todos desejamos sem querer
Vai varrendo sua memória
E acorda durante a noite
Com ele sobre você
Você debaixo dele
Sendo estranho
Mas bem conhecido
Bem dentro
Queimando em sua lembrança
Pois ele te gera,
Cria-te...
Trás-te pão
E deposita a semente do asco
Dentro do coração
Enquanto a porta se abre
E se fecha diante do futuro
Do seu futuro
Da sua criança corrompida
Mas a noite veio
Seu dia iluminado está nas sombras
Não o evite,
Tenha-o sobre ti...
Sobre seus desejos mais devassos
Não!
Nada imoral baby...
Nada fálico de profundo
Que penetra e altera seu fluxo
Descontinuo da maré que avança
Percorrendo desvios de inverdades
De cortes e marcas profundas
Insano e apaixonante
Luxuria!
Sim, desejo...
Ele sobre você,
Você abaixo dele
Mais uma vez criando o incriado
Gerando o mal amado
Que titubeia em suas mãos
Como uma droga branca
Diferente transpassante
Fria como um sonho vertente
Que deságua em seus medos
Sem remorsos...
Vem,
Entregue-se...
Sinta o pico da angustia
Desgostosa da ausência de frio
Da carência de calor
E depois me diga...
Por que o seu dia
Brilhante calou-se na escuridão?

Paulo Nieri 27/07/97

terça-feira, junho 27, 2006

Garoto Enxaqueca diz:

Esse é antigo, já deu muito pano pra manga e para quem não conhece, sempre é bom pensar sobre e agir sobre..... copiado (é claro, de http://www.tvcultura.com.br/provocacoes/poesia.asp?poesiaid=242
e acabe ouvindo também....é bem mais impactante. Minha opinião é de que ver o Antonio Abujamra declamando é ainda melhor (pior?).
Em todo caso, divirtam-se.

De Marina Colassanti

poesia publicada em seu livro de mesmo nome (Eu sei, mas não devia - Ed. Rocco - Rio de Janeiro - 1996). Com este livro Marina conquistou um prêmio Jabuti.

Eu sei que a gente se acostuma. Mas não devia.
A gente se acostuma a morar em apartamentos de fundos e a não ter outra vista que não as janelas ao redor.
E porque não tem vista, logo se acostuma a não olhar para fora.
E porque não olha para fora, logo se acostuma a não abrir de todo as cortinas.
E porque não abre as cortinas logo se acostuma
a acender cedo a luz.
E a medida que se acostuma, esquece o sol, esquece o ar, esquece a amplidão.
A gente se acostuma a acordar de manhã
sobressaltado porque está na hora.
A tomar o café correndo porque está atrasado.
A ler o jornal no ônibus porque não pode perder o tempo da viagem.
A comer sanduiche porque não dá para almoçar.
A sair do trabalho porque já é noite.
A cochilar no ônibus porque está cansado.
A deitar cedo e dormir pesado sem ter vivido o dia.

A gente se acostuma a esperar o dia inteiro e
ouvir no telefone: hoje não posso ir.
A sorrir para as pessoas sem receber um sorriso
de volta.
A ser ignorado quando precisava tanto ser visto.

A gente se acostuma a pagar por tudo o que deseja e o de que necessita.
E a lutar para ganhar o dinheiro com que pagar.
E a pagar mais do que as coisas valem.
E a saber que cada vez pagará mais.
E a procurar mais trabalho, para ganhar mais dinheiro, para ter com que pagar nas filas em que se cobra.

A gente se acostuma à poluição.
Às salas fechadas de ar condicionado e cheiro de cigarro.
À luz artificial de ligeiro tremor.
Ao choque que os olhos levam na luz natural.
Às bactérias de água potável.
Agente se acostuma a coisas demais, para não sofrer.

Em doses pequenas, tentando não perceber, vai afastando uma dor aqui, um ressentimento ali, uma revolta acolá.

Se a praia está contaminada a gente molha só os pés e sua no resto do corpo.
Se o cinema está cheio, a gente senta na primeira fila e torce um pouco o pescoço.
Se o trabalho está duro a gente se consola pensando no fim de semana.
E se no fim de semana não há muito o que fazer a gente vai dormir cedo e ainda fica satisfeito porque tem sempre sono atrasado.

A gente se acostuma para não se ralar na aspereza, para preservar a pele.
Se acostuma para evitar feridas, sangramentos,
para poupar o peito.

A gente se acostuma para poupar a vida.
Que aos poucos se gasta, e que gasta de tanto se acostumar, e se perde de si mesma.
Garoto Enxaqueca diz:

Quando procurava um bom texto para comentar, achei este paper aqui que gostaria de ter escrito. faz alguns anos até. (o tempo voa e etc...)
então, Garoto Enxaqueca Cara dura apresenta :
Ensaio: Sob flores escondem-se canhões : Um ensaio sobre o nacionalismo na música européia do século XIX.
Procurar na integra : http://www.klepsidra.net/klepsidra3/musica.html

Vamos lá:

“Uma vida pelo Czar”, “Sangue Vienense”, “Polonaises”. Estes termos, por mais que pareçam, não são palavras de ordem de algum discurso inflamado, mas até poderiam ser. São títulos de composições de autores do século XIX: o russo Mikhail Glinka (1804-1857), Jonhann Strauss Jr. (1825-1889) e Frédéric François Chopin (1810-1849), respectivamente. Três autores, três obras, três países, um só nacionalismo.
Que o nacionalismo na Europa cresceu desde os fins do século XVIII e atinge seu ápice nas primeiras décadas do século XX (Primeira Guerra Mundial), é público e notório. Entretanto, quando as garras no nacionalismo alcançam o campo da música? Quanto disto se amalgamará à música e qual será o arranjo resultante da mistura com o romantismo típico do período?

O século do romantismo proporcionou diversas alterações no campo musical; a evolução do meio artístico se intensificou com as movimentações políticas e revolucionárias que sacodem a Europa desde a Revolução Francesa. Vale lembrar que o universo musical clássico, que produziu figuras como Mozart e Schubert, se deu no seio na nobreza, dentro dos palácios, nos saraus e serenatas patrocinadas pelos nobres. O mecenato como prática disseminada garantiu o aparecimento e a glória dos músicos clássicos, ainda que estes estivessem apartados do universo popular. Lembremos que a primeira ópera popular de Mozart é justamente “A Flauta Mágica”, de 1791, criada sob encomenda numa situação de necessidade econômica do músico.
A criação clássica carrega duas características extremamente importantes para a análise do período subseqüente: o desligamento de “ideais e estilos emocionais” e as peças para pequenos conjuntos de instrumentos. A primeira característica nos interessa exatamente pelo envolvimento político dos autores do século XIX e pela busca de um estilo predominantemente sentimental, características as quais discorreremos com mais detalhes adiante. A segunda nos interessa por demonstrar de forma exemplar a mudança profunda que houve no meio de difusão musical entre os dois períodos.

No ambiente recluso dos palácios, ainda que nas festas maiores, os espaços eram relativamente estreitos, os recitais poderiam ser executados por músicos solistas, os “virtuoses”, ou por quartetos e sextetos; algumas vezes privilegiava-se apenas instrumentos de cordas. Desde Vivaldi assentou-se uma tradição de arranjos de cordas: a exaustivamente executada “Pequena Serenata Noturna” (Eine Kleine Nachtmusik), de Mozart, é uma peça para apenas dois violinos, uma viola, um violoncelo e um contrabaixo. Nada mais revelador sobre este ambiente estreito.


Sem dúvida, um dos fatores aos quais isto está intimamente relacionado é o comprometimento das monarquias européias, a partir da Revolução Francesa, com uma ligeira trégua entre a restauração dos Bourbons e os movimentos de 1848. A nobreza deixa de ser um porto seguro para os músicos, seja pela perda de poder ou pela possível identificação dos mesmos com ela. Outro fenômeno que aparece neste momento é o aparecimento de autores ligados aos movimentos revolucionários: assim como os neoclassicistas franceses pintaram a revolução, vários músicos, de diversas nacionalidades, se incumbiram de musicá-la.

em breve mais cópias.....

quinta-feira, junho 01, 2006

Garoto Enxaqueca diz:

CoopXGrant Wood! A comédia da vida real imita a arte!


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Garoto Enxaqueca diz: Apresentando a Arte de Coop!!
Chargista Americano com um traço lacivo e non sense. Transforma de forma palpável no que o puritano do american way of live pensa, sonha e erotiza. Misturando a popart de filmes B com caça a comunistas e Buck Rogers, numa salada que abusa de poses sensuais de mulheres mais que generosas.
Só não sei como a tira do Jesus não foi abolida como a Charge de Maomé.

More?
http://www.coopstuff.com/index2.html

96-20
93-0393-1598-06loveAssemblyBig Pop